Um jovem de 17 anos, identificado como Guilherme Cardoso Doná, morreu depois de receber uma descarga elétrica em cima do telhado de uma casa em Ariquemes (RO), durante o último fim de semana.
Segundo o g1 RO e Rede Amazônica, uma testemunha contou à Polícia Civil que Guilherme havia subido no telhado para ajudar um amigo a lavar um painel solar e, em certo momento, acabou pisando em numa calha que estava energizada por um fio desencapado.
Ele acabou recebendo um choque elétrico e caiu já desacordado. O Corpo de Bombeiros relatou que os militares tentaram os procedimentos de reanimação por cerca de 30 minutos, mas a vítima não resistiu.
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Diante do ocorrido, o alerta que fica é sobre a importância da contratação de profissionais capacitados e de se ter um projeto adequado, passando por um correto comissionamento da usina e uma manutenção periódica. É o que afirmou o engenheiro eletricista Geraldo Silveira, professor do Canal Solar.
“O corpo humano ao entrar em contato com um condutor sem isolação formará um caminho para a circulação da corrente elétrica, que pode causar desde lesões mais leves, como pequenas queimaduras, até casos mais graves, como a fibrilação ventricular, que pode levar a paradas cardiorrespiratórias”, explicou.
De acordo com Silveira, a situação se agrava quando a corrente elétrica circula pelo caminho onde está o coração, podendo causar o batimento descompassado deste e levar aos casos mais graves citados anteriormente (paradas cardiorrespiratórias).
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“Portanto, há algumas medidas importantes para evitar acidentes com o choque elétrico. Um projeto bem feito vai garantir que a usina possua um sistema de aterramento adequado e as proteções necessárias para evitar a descarga elétrica”, disse.
“Em um correto comissionamento vamos garantir que toda a usina está segura para ser energizada, principalmente se os condutores estão devidamente isolados, se não há pontos cortantes que possam levar o sistema a falha de isolação e a realização de ensaios específicos para essa etapa”, destacou o especialista.
Já com as manutenções periódicas, ele afirmou que será possível certificar que as instalações elétricas continuam seguras, através de atividades como inspeções visuais, reaperto de conexões, ensaios elétricos e verificação dos equipamentos e checagem do sistema de aterramento.