Cada vez mais empresas no Brasil estão migrando para o mercado livre de energia. Apenas em janeiro, 2.168 empresas comunicaram às suas distribuidoras que estão deixando o mercado regulado. No total, 16.791 empresas já decidiram se tornar consumidores livres entre 2024 e 2025.
Esses dados foram divulgados pela ABRACEEL (Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica), com base em informações da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) atualizadas em 31 de janeiro de 2024.
Esse aumento na migração se deve a uma mudança recente na legislação. Com a Portaria 50/2022, pequenas e médias empresas do Grupo A foram autorizadas a migrar para o mercado livre a partir de janeiro deste ano. Embora o mercado livre exista há mais de 20 anos, anteriormente estava disponível apenas para grandes empresas.
Das 16,7 mil empresas que decidiram migrar para o mercado livre, 94% (15.878) têm um consumo de energia abaixo de 500 kV, ou seja, são pequenas e médias empresas com gastos de energia acima de R$ 10 mil por mês.
É importante ressaltar que o processo de migração pode levar até 180 dias. Por isso, muitas empresas anteciparam seus pedidos ao longo de 2023, mesmo antes da entrada em vigor da nova legislação neste ano.
O principal objetivo das empresas que buscam o mercado livre é reduzir o custo de energia. Além disso, há outras vantagens, como maior flexibilidade e eficiência na gestão da energia elétrica utilizada em suas operações.
Atualmente, o mercado livre possui 37 mil unidades consumidoras, mas espera-se que pelo menos 24 mil novas empresas migrem neste ano.
Segundo a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), há aproximadamente 165 mil consumidores no Grupo A, o que demonstra um grande potencial de crescimento para o mercado livre nos próximos anos.
Para se tornar um consumidor livre, as empresas precisam procurar uma comercializadora varejista, que assumirá todas as responsabilidades relacionadas à migração, gestão de contratos e obrigações regulatórias e financeiras junto à CCEE. Existem mais de 100 empresas disponíveis para esse serviço.
Outro ponto relevante é que, apesar de o comercializador varejista assumir a gestão dos contratos de energia, a distribuidora continuará sendo responsável pela entrega da energia, mantendo assim uma relação indireta com o consumidor.
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