Geradores fotovoltaicos, aqui abreviados por GFV, são as plantas de geração fotovoltaicas instaladas nas unidades consumidoras, destinadas primariamente a suprir a sua demanda de energia elétrica, integral ou parcialmente, e que injeta a energia excedente na rede de distribuição que atende a referida unidade.
O conceito vem da IEC (International Eletrotechnical Commission) e das instalações na Europa, onde distinguem-se os GFV das UFV, inclusive adotando normas distintas: ¾ IEC/TS 62738:2018 – Ground-mounted photovoltaic power plants – Design guidelines and recommendations; e ¾ IEC 62548 – Photovoltaic (PV) arrays – Design requirements.
Podemos distinguir os GFV de telhado, os mais comuns, e os de solo. O aterramento dos GFV de telhado não tem nenhuma especificação especial, devendo apenas ser integrado ao aterramento da edificação, que deve atender as normas aplicáveis, especialmente a NBR5419 (Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas).
A proteção de arranjos fotovoltaicos contra descargas atmosféricas diretas, por meio de mastros para-raios, somente é viável em instalações de pequeno porte, como no caso de GFV de telhado de residências ou de pequenos comércios.
GFV de galpões ou edificações de maior porte usualmente acabam por integrar a rede captora dos sistemas de proteção contra descargas atmosféricas da edificação.
Neste caso, há que se tomar cuidado para que os elementos captores não façam sombra nos módulos fotovoltaicos, o que pode dar origem a pontos quentes nas placas, uma vez que as células sombreadas se tornam carga para as células vizinhas e acabam por consumir parte da energia por elas gerada.
Leia o artigo completo na página 63 da 11ª edição da Revista Canal Solar.
As opiniões e informações expressas são de exclusiva responsabilidade do autor e não obrigatoriamente representam a posição oficial do Canal Solar.
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Uma resposta
Bom dia! quando a usina não esta sob o volume de proteção do para-raio da edificação, é dispensado o estudo do gerencamento de risco da edificação?Recentemente reprovei em perícia técnica uma instalação que possuía 95 módulos solares que seriam utilizados como cobertura para um salão de festas.(area aberta). Neste caso não havia gerenciamento de risco e a estrutura metálica foi utilizada como captor natural e seus pilares metálicos como descidas( detalhe: tudo ligado ao aterramento de duas hastes pertecentes ao aterramento da usina, que estavam ligado ao aterramento do sistema elétrico da edificação). Não encontrei de teste de continuidade elétrica entre os pilares conforme 5419, rev 2015.