O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou de duas apresentações pela internet nesta terça-feira (05) e falou sobre assuntos que envolvem diversos setores da Pasta. Com um tom otimista, ele abordou as ações que estão sendo implementadas para o enfrentamento à crise da Covid-19.
“Uma das coisas que tornou o setor elétrico atrativo é a previsibilidade. Isso é fundamental para as empresas e para os investidores. Não tenho dúvidas de que vamos voltar a um período de prosperidade, particularmente nos mercados que são essenciais ao desenvolvimento econômico, e para a justeza social que tantos brasileiros esperam e depositam confiança e esperança”, disse o ministro.
Entre as medidas que estão sendo estudadas pelo governo, Albuquerque destacou a utilização de recursos de fundos setoriais como pesquisa, desenvolvimento e eficiência energética. O objetivo é usar esses recursos para não vir a onerar ainda mais o setor. “No caso, para que eles possam ser usados, evidentemente, de forma racional e possamos fazer frente a operação de crédito junto aos bancos”, explicou Albuquerque.
O ministro garante ainda que o fornecimento de eletricidade está garantido, citando medidas como a da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), com a suspensão do corte de energia por 90 dias e a MP 950, que beneficia o consumidor de baixa renda e busca trazer liquidez financeira ao setor.
PLS e leilões
Durante as lives, o ministro tratou também da importância do PLS (Projeto de Lei do Senado), que será fundamental para que o mercado se torne mais eficiente e que os investimentos de mais de R$ 500 bilhões previstos para os próximos dez anos venham a ser efetivados
Questionado sobre os leilões, Albuquerque disse que está trabalhando com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e com o Ministério da Economia para, que no segundo semestre deste ano, os leilões para 2021 em diante sejam apresentados.
Inadimplência
Bento Albuquerque lembrou que a inadimplência histórica ficava em torno de 3%, mas que foi para 12% nos últimos 30 dias, o que gerou uma perda para as distribuidoras da ordem de R$ 1,8 bilhão.
“São números realmente bastante impressionantes. Essa redução de carga associada à inadimplência é o maior problema de liquidez no setor. E esse é um trabalho com o qual estamos lidando diuturnamente, sete dias por semana, 24 horas por dia, para resolver essa situação das distribuidoras”, concluiu.