Normas de segurança dos bombeiros: quais estados já adotaram? 

Tema foi discutido no primeiro dos dois dias da 4ª edição do Canal Conecta, realizado em São Paulo
Normas de segurança dos bombeiros quais estados já adotaram 
Luis Magri, coordenador da BU Solar na Proauto Electric, no palco do Canal Conecta. Foto: Canal Solar

A decisão tomada pelo Corpo de Bombeiros dos estados de Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás, além do Distrito Federal, de soltar uma nota técnica com medidas de segurança mais rígidas para sistemas de energia solar, está influenciando outras unidades federativas do Brasil a fazer o mesmo.  

Atualmente, já há uma norma sendo elaborada em Mato Grosso do Sul e em São Paulo e uma outra aguardando apenas o processo de publicação no Rio Grande do Sul – o que significa que em breve a normativa entrará em vigor nos municípios gaúchos. 

O objetivo dessas normativas é impor a utilização de equipamentos adicionais de proteção, como o rapid shutdown, e de retrofitar instalações que já possuem sistemas de energia solar em suas dependências.

Todos esses documentos possuem caráter obrigatório para os imóveis que necessitam de alvará de funcionamento, como estabelecimentos comerciais, industriais e unidades multifamiliares (condomínios), uma vez que não é de competência técnica dos bombeiros a fiscalização em edificações residenciais.

As corporações estão optando pela publicação desses documentos para evitar incêndios causados pela má instalação de sistemas fotovoltaicos por parte de empresas do setor. Esse assunto vem sendo amplamente discutido pelo Corpo de Bombeiros há mais de um ano. 

Luis Magri, coordenador da BU Solar na Proauto Electric, trouxe essas e outras informações relacionadas ao tema durante a 4ª edição do Canal Conecta – um evento do Grupo Canal Solar, que teve início nesta terça-feira (22) e acontece até o dia 23 de outubro, em São Paulo (SP).

Durante a palestra, o executivo também falou sobre a necessidade de abordagens mais eficientes e seguras por parte das empresas do setor para garantir a prevenção contra incêndios em instalações fotovoltaicas.

O executivo enfatizou algumas das falhas mais comuns que costumam acontecer, entre elas: erros na montagem dos conectores, inversores e string boxes, além dos módulos fotovoltaicos. 

Entre os conectores, as mais comuns ocorrem por falhas na crimpagem, incompatibilidade dos conectores utilizados e a utilização de conectores danificados ou ressecados.

“O integrador compra um inversor que vem com um determinado conector, mas ele decide comprar os cabos de um outro fornecedor e mais conectores de um terceiro fornecedor. Será que tudo isso tem compatibilidade?”, perguntou ele. 

Em relação aos inversores e strings boxes, os erros mais comuns são: torque incorreto de equipamentos, fuga de isolação (cabos danificados) e erros no processo de dimensionamento. 

No caso dos módulos fotovoltaicos, os principais erros envolvem a falta de limpeza dos painéis solares, causando hot spots; e o fato dos instaladores pisarem nos painéis durante a instalação, causando microfissuras na tecnologia.

Segundo Magri, tratam-se de erros comuns de acontecer no dia-a-dia, mas que são diretamente responsáveis por proporcionar o início de muitos incêndios em usinas fotovoltaicas.  

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

Uma resposta

  1. Prezados, com todo respeito, faltou comentar, talvez, o maior perigo em instalações fotovoltaicas que é o surgimento de arcos eléricos devido ao mau contato e algumas das cuasas apontadas no comentário. Diferentemente da corrente alternada, a corrente continua não passa pelo zero e lembremo que “não podemos desligar o sol” e um arco quando surge , funciona como um maçarico e que, certamente, é um grande perigo para que haja o aparecimento de incêndio. A preocupação é tanta, que o corpo de bombeiros de alguns Estados, incluindo os citados no artigo, já exige a instalação de inversores com a capacidade de extinção de arco elétrico. É um grande avanço tecnológico. Lembremos que a maior causa de incêndio é de origem elétrica. Engenheiro, professor, mestre em ciência de engenharia elétrica, projetista em energia solar, eficiência energética e estação de carrregamento de veículos eléricos.

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