“Aposte no fotovoltaico. É a bola da vez”. Esta é a afirmação de André Carvalho, diretor de Operações da distribuidora Genyx.
Durante participação no podcast Papo Solar, o executivo comentou que existem inúmeros modelos de negócio no setor e que é preciso estudar para conseguir se destacar.
“Estude o mercado. Hoje existem vários vídeos e informações em diversos sites. O Canal Solar é prova disso”, ressaltou. “Os produtos não inovam da noite pro dia. Tendo o conceito básico do funcionamento do mercado, qualquer informação que vem você assimila mais rápido”.
De acordo com Carvalho, estar no setor fotovoltaico é estar em um mercado inovador, que vem para ficar e é muito promissor.
Outro ponto destacado pelo especialista é que o mercado para o armazenamento de energia solar tem um grande potencial no Brasil.
“Existem focos geográficos no país para este tipo de produto e a bateria vai baratear cada vez mais, principalmente com a chegada dos veículos elétricos”.
“Daqui a cinco anos, quando a bateria do carro elétrico estiver viciada, ela não será descartada, mas sim usada para o off-grid”, completou Carvalho.
Ainda segundo o executivo, este mercado começou há tempos, já que antes da REN 482 (Resolução Normativa nº 482/2012) da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) só podia ter sistemas off-grids.
“Ademais, os preços estão começando a ficar em um patamar que torna a energia solar viável a diversos consumidores. Já é uma realidade para muitos e será para qualquer lugar do Brasil daqui a alguns anos”, acrescentou Carvalho.
Comparação entre o Brasil e outros mercados
Para o diretor de Operações da Genyx, é difícil comparar, por exemplo, o Brasil com a China e a Austrália. “Eu me espelho muito no mercado fotovoltaico da Austrália porque são bem evoluídos nesta área. E o europeu também é bastante consolidado, produtos diferentes, mas o segmento em si é bem distinto. A cultura brasileira difere da cultura europeia”.
“Eu morei seis meses na Áustria e lá existe o benefício de 100%. Era bancado o sistema fotovoltaico para a população. Claro, a realidade lá é diferente. Não tem uma hidrelétrica e eles precisam de energia”, relatou.
No entanto, o executivo disse que o Brasil é visto com bons olhos lá fora, principalmente pelo mercado chinês. “Tenho certeza que o país este ano vai ter grandes investimentos, principalmente em produtos”.