O Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram nesta semana os dados da 1ª Revisão Quadrimestral das Previsões de Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética – 2023-2027.
Houve uma leve redução na previsão média de crescimento da carga para o horizonte, que passou de 3,3% para 3,2%, atingindo 81.540 MW médios ao final do período. Os cálculos consideram um crescimento médio do PIB de 1,9% ao ano. Os valores, porém, não consideram o impacto da geração distribuída, que pode levar a uma redução de 3.155 MW médios por ano até 2027 (ver gráfico abaixo).
No médio prazo, as entidades esperam um ambiente de maior estabilidade econômica, favorecendo os investimentos, especialmente, no setor de infraestrutura, resultando em uma dinâmica de crescimento mais substancial e consistente. Espera-se um cenário internacional mais favorável, inflação dentro da meta, maior confiança dos agentes econômicos e expansão mais significativa da demanda interna. No entanto, a postergação do ciclo de redução de juros pode pressionar os resultados futuros.
Para 2023, a previsão de crescimento da carga ficou em 2,6%, atingindo 71.569 MW médios. A expectativa de crescimento do PIB deste ano foi revisada de 0,7% para 1%. Algumas premissas a curto prazo são importantes para concretização do cenário avaliado: desaceleração da economia mundial, devido a uma maior pressão inflacionária e alta taxa de juros na economia brasileira, manutenção das premissas econômicas conjugada ao impacto positivo da proposição de uma âncora fiscal e o encaminhamento da proposta de reforma tributária.
Sistema Interligado Nacional e Subsistemas – Previsão de Carga 2023/2027 (▲%a.a.). Fonte ONS/CCEE/EPE.