O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) divulgou a nova edição do RAP (Relatório de Análise de Perturbação) sobre o apagão que deixou mais de um terço dos consumidores brasileiros sem energia elétrica no dia 15 de agosto.
O Operador avaliou 296 contribuições de 23 agentes, recebidas entre os dias 25 de setembro e 2 de outubro. Os comentários à minuta – que podem ter sido aceitos, aceitos parcialmente ou não aceitos – estão disponíveis como anexo ao relatório. Clique aqui para ler a RAP.
Segundo o ONS, o relatório divulgado nesta segunda-feira (9) aponta que a principal causa raiz identificada no evento de 15 de agosto “foi a performance em campo dos equipamentos de controle de tensão de diversos parques eólicos e fotovoltaicos, no perímetro da Linha de Transmissão Quixadá-Fortaleza II, no Ceará”.
“Esses dispositivos das usinas deveriam compensar automaticamente a queda de tensão decorrente da abertura da linha de transmissão, porém o desempenho no momento da ocorrência ficou aquém do previsto nos modelos matemáticos fornecidos pelos agentes e usados em simulações pelo ONS”, informou o Operador.
O documento publicado pelo ONS traz as providências a serem tomadas pelos 122 agentes, incluindo os geradores eólicos e fotovoltaicos. Ao todo, foram centenas de apontamentos que os agentes e o Operador terão de implementar até outubro de 2024.
Ainda de acordo com o Operador, as providências vão desde ajustes em proteções, passando por soluções para problemas na comunicação com os agentes no momento da recomposição, até a validação dos modelos matemáticos de todos os geradores eólicos e fotovoltaicos, entre outras.
No relatório também estão elencadas providências que já foram tomadas como a adaptação da base de dados oficial, pelo Operador, para representar a performance dos referidos parques eólicos e fotovoltaicos tal como observada em campo durante a perturbação, de modo a utilizá-la nos estudos de caráter operativo.
Além disso, o ONS elaborou e disponibilizou aos agentes proprietários de usinas eólicas e fotovoltaicas, relatório contendo os requisitos técnicos de Registradores Digitais de Perturbações e para a instalação de Unidades de Medição de Fasores, assim como o guia para validação dos modelos matemáticos.
Também foram implementados novos limites de intercâmbios e medidas operativas na região Nordeste, visando garantir a segurança operativa do SIN.
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