Durante participação do podcast Papo Solar, o co-fundador da PHB Eletrônica, Ildo Bet, comentou sobre o mercado de armazenamento de energia no Brasil e no mundo e como os veículos elétricos são essenciais como ferramenta de impulsionamento desta solução.
“Eu sempre digo que penso cinco anos à frente e persisto para ver o resultado. Neste caso, para mim, o grande pico do armazenamento será em 2025, onde veremos o mesmo subindo em um rampa exponencial”, disse Bet.
“A gente pode conseguir dizer para a distribuidora: ‘tudo bem, tu quer cobrar o fio por um preço alto? Eu vou armazenar. E se eu armazenar eu não vou pagar o fio para ti, irei ficar com a energia para usá-la a noite’. Então, o que me motiva é a bateria, ou seja, o armazenamento como o futuro”, destacou.
Ainda de acordo com o especialista, a PHB está trabalhando em projetos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) para regular frequência e tensão com contêineres e estão fazendo soluções híbridas para alavancar ainda mais esse mercado.
Um dos fatores que está contribuindo para tal crescimento é o preço das baterias de íon-lítio, que apresentou uma queda significativa nos últimos anos. Segundo pesquisa realizada pela BNEF (BloombergNEF), os valores, que estavam acima de US$ 1.100 por kWh em 2010, caíram para US$ 137 / kWh em 2020, ou seja, uma queda de 89%.
As reduções, de acordo com a BNEF, aconteceram devido ao aumento de pedidos, ao crescimento das vendas de VEs (veículos elétricos) e à introdução de novos designs de embalagens.
Mobilidade elétrica
Ao longo do podcast, o executivo ressaltou também o papel dos VEs para impulsionar o segmento de armazenamento. Para ele, o setor deslanchará quando tiver alta taxa de penetração de carros elétricos no mundo.
“O veículo elétrico vai acontecer no Brasil. Estamos já nesse processo. No caso, eu digo que a sopa já está pronta lá fora e, assim, vamos tomar a sopa pronta aqui. Mas eu gostaria de fazer essa sopa nacionalmente. Ou seja, temos que desenvolver a célula da bateria no país”, concluiu.