O preço das commodities que compõem um sistema fotovoltaico é um fator de altíssima relevância no mercado internacional, uma vez que a variação do valor das principais matérias-primas afetam diretamente o CAPEX e a atratividade dos projetos de energia solar pelo mundo.
Atualmente, só o polissilício, por exemplo, representa cerca de 60% do custo final dos módulos fotovoltaicos comercializados globalmente, o que significa que acompanhar a volatilidade de seu preço é essencial para entender as tendências do mercado.
Apesar disso, dados publicados em boletins semanais da InfoLink Consulting, aos quais o Canal Solar tem acesso exclusivo, mostram que o preço médio do polissilício vendido internacionalmente encontra-se estagnado desde o início do ano.
O valor médio para aquisição do insumo começou a primeira semana do mês de janeiro custando US$ 21,50/kg. Desde então, o preço permaneceu inalterado no mesmo patamar.
De acordo com Eduard Krummenauer, country manager da Helius Sunlink PV, a estabilização de preços do insumo ocorre devido a uma demanda relativamente estável e uma redução de produção de várias empresas ao redor do mundo.
Para setembro, o profissional destaca que a tendência não deve mudar: o preço do polissilício deve seguir estável, com a possibilidade de um leve aumento.
“Como estratégia operacional, alguns produtores estão aproveitando a baixa de preços para realizar manutenções preventivas antecipadas, descomissionando linhas antigas e ineficientes e ainda aproveitando para realizar demissão de pessoal em todo o mundo”, explicou.
O executivo comentou também que o preço do wafer apresenta uma leve tendência de aumento para setembro. “Porém, devido ao elevado nível de estoques de alguns produtores de células, eu não vejo esse aumento de preço ser repassado na primeira quinzena de setembro pelos fabricantes de células”, frisou.
No ponto de vista do executivo, os preços devem permanecer estáveis até que os níveis de estoque estejam em níveis baixos suficientes para ocasionar um aumento de preços.
“O que vejo hoje acontecendo é a consolidação de empresas, tanto na fabricação de células, como na montagem de módulos e indiretamente na distribuição de produtos no Brasil. Na China já estamos notando algumas montadoras de módulos e fabricantes de células com problemas financeiros devido a queima de caixa de 2024”, disse Krummenauer.
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