Desde o final de 2021, a proposta de abertura do Mercado Livre de Energia para consumidores de menor porte vem registrando avanços.
Em novembro, a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), entregou ao MME (Ministério de Minas e Energia) e à ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), a primeira parte de um estudo que sugere melhorias regulatórias necessárias a essa abertura.
No dia 31 de janeiro, foi a vez da ABRACEEL (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia) entregar ao MME uma proposta de cronograma para a abertura gradativa e sustentável para todos os consumidores, inclusive residenciais, até janeiro de 2026.
O documento, juntamente com os estudos da ANEEL e da CCEE, servirá de base para uma consulta pública sobre o cronograma nas próximas semanas. Atualmente, o ACL (Ambiente de Contratação Livre) é restrito apenas aos consumidores com demanda contratada acima de 500 kW, como indústrias, shoppings e outras empresas de médio e grande porte.
“Quando falamos em ACL significa que as empresas escolhem de quem querem contratar energia e negociam diretamente com as geradoras e comercializadoras as condições de compra, como volume de energia contratado, prazo de fornecimento, entre outros aspectos”, explica Braz Justi, CEO da Esfera Energia.
O executivo ressaltou ainda que, com isso, é possível alcançar uma economia de mais de 30%, além da previsibilidade de custos, já que as empresas conseguem saber quanto gastarão durante a vigência do contrato.
Mercado em crescimento
No último ano, o crescimento do consumo no Mercado Livre de Energia foi de 6,1%, segundo dados da ABRACEEL. Atualmente, o segmento já é responsável por 35% de toda a energia consumida no país – estimativas da CCEE apontam que já são quase 10 mil agentes consumidores livres ou especiais no Brasil, cerca de 16% a mais do que o registrado em 2020.
Um estudo da própria CCEE revela ainda que, reduzindo o consumo mínimo exigido, outras 175 mil unidades consumidoras ligadas em alta tensão poderiam aderir a esse ambiente de negócios, aumentando a participação do Mercado Livre para 46%.
O estudo aponta também que outras milhares de unidades consumidoras já poderiam migrar para o ACL considerando as regras atuais. “Muitas empresas ainda desconhecem a dinâmica do Mercado Livre de Energia e os benefícios que teriam se operassem nesse ambiente de contratação”, comentou Justi.
2 respostas
Que bom que as oportunidades de economia chegará a qualquer tipo de consumidor.
Quando o Brasil vai acordar para a energia solar?????
Além de ser “gratis” pois você paga com aquele valor mensal que iria pra concessionária, há a lucratividade “economia de quase 90%” para o B
Para UC tipo A, economia de quase 60%
Tipo B: uma continha de 1.000,00, em 30 anos da 2.400.000,00 pra concessionária, e vc faz um sistema em 48x dos mesmo 1.000,00 (ou paga isso ou paga 2.400.000,00)
Acordem: governos gastam trilhões por ano (vamos pegar essa grana e colocar em hospitais, estradas, educação, segurança etc….) parem de jogar na sarjeta das concessionárias……..