A Solar Bot, startup fundada por engenheiros da UnB (Universidade de Brasília), está desenvolvendo, segundo a companhia, o primeiro robô de limpeza de painéis solares nacional, totalmente autônomo e que não utiliza água.
“Nossa solução segue os moldes de operação robotizada que deram certo em grandes usinas na Europa, diminuindo o custo de manutenção e mantendo a eficiência da usina fotovoltaica”, afirmou Rédytton Brenner, fundador da Solar Bot.
“O fato de não utilizar água é interessante pois possibilita poupar um recurso precioso, deixar a operação mais barata e, inclusive, realizar a limpeza em plantas que estão em locais remotos”, ressaltou.
Para se ter uma ideia, as perdas de produção de energia solar devido a sujeira representam 7% de toda geração nos Estados Unidos e podem chegar a quase 50% no Oriente Médio, segundo o NREL (National Renewable Energy Laboratory).
Além disso, o relatório Soiling Losses – Impact on the Performance of Photovoltaic Power Plants 2022, publicado pela IEA-PVPS (Programa de Sistemas de Energia Fotovoltaica da Agência Internacional de Energia), aponta que a perda de receita devido à sujeira no módulo deve chegar a quase R$ 40 bilhões em 2023.
Sobre a Solar Bot
A startup é composta por empreendedores com formação em Engenharia, Programação e Direito, além de possuírem experiência no setor fotovoltaico. Atualmente, possuem um escritório dentro de uma empresa de energia solar em Goiás e a parte de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) está sendo implementada no Parque Tecnológico da UnB.
A companhia participou de uma rodada de apresentação no evento do MIT Reap realizado no Rio de Janeiro e já ganhou alguns prêmios: foi acelerada pelo Inovativa, acelerada e vencedora de um prêmio pelo Núcleo de Empreendedorismo da USP e ficou em 2º lugar geral na III Olimpíada Nacional de Inovação (Eletrobras).
De acordo com o executivo, a companhia ganhou ainda o 1º lugar na Olimpíada da Energia Brasileira (EnergyC), foram vencedores do Edital de Inovação Start BSB da FapDF e finalistas no programa MIT Reap.
“Captamos um investimento anjo em etapa inicial no valor de R$ 350 mil e agora estamos nos preparando para aproximar de fundos de investimento”, concluiu o fundador da Solar Bot.
5 respostas
Muito bom, principalmente por não depender da utilização de água.
Alguém tem ideia do custo desse equipamento quando comercializado?
Vale lembrar que devem PATENTEAR ISSO URGENTE.
Muito bacana! Espero que consigam crescer e expandir ainda mais!
iniciativa muito boa. mas ainda tem muita sujeira mas placas após a limpeza. excelente trabalho e ideia da equipe,mas poderiam melhorar o resultado.
Parabéns a todo time da SolarBot, serviço essencial para O&M no Brasil.