Após causar estragos e mobilizar autoridades na região Sul do Brasil, a tempestade subtropical Yakecan avançou em direção ao Sudeste nesta quinta-feira (19), causando rajadas de ventos de até 90 km/h no litoral de São Paulo e Rio de Janeiro, segundo informações do Climatempo.
Desde o início da semana, a ventania sobre o oceano provocada pelo efeito do Yakecan e de outros ciclones extratropicais deixaram o mar muito agitado na costa das regiões Sul e Sudeste do país.
Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, por exemplo, a ventania deixou mais de 226 mil pessoas sem energia elétrica e ainda causou o destelhamento de milhares de residências.
Apesar dos transtornos causados, a tempestade, considerada por especialistas como um ciclone, começa agora também a se deslocar para o alto-mar, afastando-se cada vez mais do Brasil ao longo dos próximos dias.
No entanto, para o setor de energia solar, o cenário de destruição deixado pelo ciclone levantou dúvidas em muitos leitores do Canal Solar sobre a segurança dos equipamentos fotovoltaicos em caso de fenômenos naturais atípicos como esse.
De acordo com Gustavo Lopes, engenheiro civil de Estruturas na SSM, para que o cliente garanta uma maior segurança da tecnologia é fundamental ficar atento a alguns detalhes junto ao fabricante. Confira três dicas do profissional:
- Normas técnicas: é sempre recomendável solicitar ao fornecedor de estruturas o memorial de cálculo dos produtos para que o cliente tenha a segurança de contar com estruturas que vão suportar a ação do vento.
- Dimensionamento: deve ser orientado pela normas NBR 8800; NBR 14762; NBR 6120 e NBR 6123 e deve ser realizado com o apoio de um software de análise estrutural, para se realizar a análise dos deslocamentos máximos que precisam respeitar o anexo C da NBR 8800 e anexo A da NBR 14762.
- Qualidade dos equipamentos: além da necessidade de utilizar ferramentas de dimensionamento e observar normas técnicas, com todos os cálculos apresentados em memorial, também deve-se atentar para a qualidade dos materiais empregados e a garantia fornecida pelo fabricante. “A SSM, por exemplo, com base em todos os cálculos e todas as verificações apresentadas e executadas por uma equipe de engenharia, oferece 30 anos de garantia para as estruturas, tempo compatível com a expectativa de vida dos módulos fotovoltaicos”, explicou Lopes.